Feito (e bem) nos Açores

Sou um fã dos produtos dos Açores. Do peixe, da manteiga, do leite, da carne (embora aqui haja um pouco de tudo), do queijo (S. Jorge envelhecido, mas também do da Graciosa) e, desde ontem, deste óptimo gelado Quinta dos Açores. Tem o preço, no supermercado, na ordem dos 6€, como um Häagen-Dazs ou de um Ben&Jerry.

Trata-se de um gelado de categoria premium, como os que referi mas muito mais equilibrado do que a maioria dos que encontramos nas prateleiras. É gordinho mas não carrega nas natas, é doce mas não exageradamente. Tem aquilo que se quer num gelado (ou noutro produto): equilíbrio. Sim, não é um contra-senso. Um gelado deve ser equilibrado (não confundir com ser light). Este é de Queijada da Graciosa. E não é que funciona?

As marcas americanas que referi acima introduziram com sucesso os ‘cookies&cream’ e os ‘strawberry&cheescake’. Mas, até agora, nunca me tinha satisfeito com as que recorrem a sabores de produtos emblemáticos lusos, como o ‘arroz doce’, por exemplo (atenção, refiro-me a gelados industriais ou semi-industriais à venda em supermercados).

Tem aquilo que se quer num gelado (ou noutro produto): equilíbrio. Sim, não é um contra-senso.

Neste Quinta dos Açores está tudo bem integrado. Sente-se o sabor dos lacticínios, sem estarem muito marcados e sente-se qb o sabor da queijada (que leva leite, açúcar, ovos, manteiga e canela). Porém o que mais gostei foi da boa textura da massa da queijada. Desconfio que há um açoriano escondido na embalagem que a coloca à última da hora. No El Corte Inglés de Lisboa, onde comprei este gelado, havia uma promoção de 50%, pelo que aproveitei para comprar outro de chocolate que ainda não provei mas que irei fazê-lo em breve. Definitivamente dos Açores vêm coisas mesmo boas.

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